sexta-feira, 26 de junho de 2015

Diário de viagem: Toronto

     Começo por dizer que minha procrastinação chegou a tamanho ponto que levei quase 2 anos para finalmente comentar a minha última parte da viagem feita em 2013. Acho que alcancei o ápice da coisa e já posso ser nomeada rainha. Grande parte dessa influência é aquele sentimento sempre presente de "será que estou fazendo o melhor que eu posso?" em absolutamente todos os meus posts, o que, como pode ser comprovado, me deixa inapta a postar algo com o que não estou totalmente satisfeita. Por mais um momento de coragem, cá estou novamente.
     Nessa terceira e última parte sobre a minha jornada para o Canadá, contarei um pouco mais da minha experiência na cidade mais populosa do país. Para começar, cheguei em Toronto com expectativas relativamente baixas da cidade, com um pensamento de simplesmente "Argh, cidade grande, não deve ter nada de bom aqui." e nas primeiras 4 horas que passei lá esse mesmo pensamento não me fugiu da cabeça, até eu finalmente embarcar em um trem para Ottawa.
     Depois do acampamento de 10 dias, eu mal podia esperar por uma cama, um chuveiro com água quente e uma alimentação que não fosse baseada em sanduíches. Nos hospedamos em um hostel para jovens por 5 dias consecutivos e o ambiente era simplesmente demais! Eles nos ofereciam uma refeição diária gratuita, tours pela cidade, bicicletas para alugar, atividades externas e internas programadas semanalmente e muitas outras acomodações que me fariam hospedar lá novamente sem pensar duas vezes!
     Durante nossos dias turistando por essa cidade, reparei como a conciliação entre natureza e obras humanas é vísivel e apaixonante. O tempo estava deliciosamente fresco para caminhadas e as vistas eram de tirar o fôlego. As pessoas são acolhedoras com os turistas. São tantas coisas boas que eu posso citar que poderia levar um post mais longo do que já está sendo...
     Alguns pontos turísticos que visitamos são citados abaixo, sem uma ordem específica de qualidade :)



1. Toronto University: 
     Essa foi uma passagem inesperada enquanto caminhávamos por nossa longa rota até chegar ao Royal Ontario Museum. Eu não conheço muitos campus de universidades além da minha, mas a Toronto University me surpreendeu de maneiras muito boas. Uma bandeira do país lá e cá e muitas, mas muitas árvores e plantas ao redor dos setores. Não seria uma surpresa que eu queira tentar me inscrever para algum curso pós-graduação por lá, seria?







     2. Royal Ontario Museum (ROM):  


     O Royal Ontario Museum foi o ponto turístico mais distante da cidade que chegamos a visitar. Foi um bom tempo de caminhada até lá mas, como em todos os casos, valeu a pena. As atrações são amplas e você pode levar um dia inteiro até conseguir ver tudo com calma. Existem alas somente com fósseis, com diferentes filos do reino animal, exposições de verdadeiras peças antigas da História da América e do mundo.


Carrinhos de sorvete existem!







     3. Younge Street:
     Inevitavelmente, se você for para Toronto, irá passar pela Younge Street diversas vezes. A rua mais longa do mundo é repleta de atrações e lojas vendendo tudo o que você pode imaginar, além de shoppings centers como o Toronto Eaton Centre e algumas outras menores. No meu último dia pela cidade houve uma arrecação de fundos para um projeto de crianças com paralisia infantil e a rua estava repleta de atividades e barraquinhas de comida para chamar as pessoas a contribuir! 
     No encontro da Young Street com a Dundas Street existe a Young Dundas Square com várias lojas que iluminam a praça de noite, me lembrando muito uma versão menor da Times Square. Em uma das noites houve até uma sessão de filme gratuita e ao ar livre, preciso dar mais motivos para visitá-la? 

No inverno, isso se transforma em uma pista de patinação no gelo!





4. CN Tower:
     Sério, é simplesmente impossível não encontrar a CN Tower. Uma das clássicas atrações turísticas da cidade, ela pode ser vista de quase qualquer rua em que você estiver, assim como você pode ver quase toda a cidade lá de cima. Existe uma atração criada recentemente chamada Edge Walk, que te desafia a caminhar do lado de fora da torre preso à cabos de aço. "No guts, no glory" é o que eles dizem.

Estágio de Hockey à direita, ao lado da entrada da CN Tower.






5. Toronto Island: 
     Eu e meu amigo pecamos ao pensar que não haveria nada demais para se fazer em Toronto Island, logo reservamos algumas poucas horas para apreciar esse lugar lindo. Essa atração, assim como as outras mas não tanto quanto a CN Tower, é fácil de ser encontrada: você simplesmente caminha em direção à uma doca que abrange uma parte do Lake Ontario e haverá uma bilheteria para comprar uma entrada de $7 para atravessar o lago e chegar à ilha. 
     Os barquinhos possuem dois andares que chegam de 20 em 20 minutos trazendo e levando pessoas à ilha, como bons turistas é sempre bom ir no andar de cima para ter essa vista gostosa do lago junto daquela brisa no rosto/cabelo num dia de calor, delícia. Dentro do barco existe todo um sistema de segurança e banquinhos para sentar e descansar da sua caminhada enquanto aprecia a natureza. Você pode acabar encontrando também moradores que levam bicicletas à bordo para pedalar na ilha, embora seja possível alugar ao chegar lá também. 
     É super recomendável alugar uma bicicleta, porque além de conseguir conhecer mais lugares da própria ilha em menos tempo (não a subestimem, ela é gigante!), eu pude aproveitar para dencansar um pouco mais os meus pequenos pés doloridos com um pouco de pedalada. Acabei parando em vários pontos para tirar fotos da cidade que nos encarava de volta e o pôr-do-sol só nos favoreceu uma vista ainda mais deslumbrante do que já consegue ser. A loja da qual alugamos as bicicletas fechava às 18h então logo tivemos que devolvê-las e voltar a caminhar, aproveitando mais umas fotos aqui e ali. 
     Encontramos várias famílias reunidas se divertindo em picnics, crianças no pequeno parque de diversões (mini montanha-russa, fazendinha com filhotinhos de alguns animais e algumas outras coisas) e outros se banhando no que eles chamam de "praia" com uma areia grossa e uma água calminha e congelante... só quem conhece praias mesmo para saber que aquilo lá não chega nem perto das nossas belezas naturais do Brasil, mas tudo bem, faz parte.
     Não tenho certeza até que horas os barquinhos vão buscar as pessoas, mas a volta chega a ser bem cheia. A fila fica quilométrica e a espera é um pouco longa considerando o friozinho da noite e os barquinhos que enchiam e nos fazia esperar pelo próximo. Infelizmente é proibido acampar na ilha, o máximo que vi foram alguns loucos chegando lá por 21h para ver não sei o que naquele escuro amedrontador.













Vendo barquinhos lá de longe.


Eu olhei para a placa e pensei "Pólo Norte? Colocaram de brincadeira, né?", depois me toquei que realmente não ficava tão longe... me acostumei demais com a geografia brasileira.











Eu e minha mochila gigante. Em nenhum momento saí sem ela nas costas, itens de 1001 utilidades ali dentro. 



 6. Niagara Falls: 
Para mim, os três grandes lagos e Niagara Falls eram coisas que eu apenas vi nas aulas de geografia e algumas vezes representados em desenhos animados, sinceramente nunca pensei que fosse realmente conhecê-los. Para ir até lá, paguei por um pacote de $55 dólares (já com desconto) contendo a locomoção até alguns pontos turísticos ao redor do local e um guia contando algumas curiosidades sobre os lugares.
     Ao chegar lá, você se surpreende com a ausência do som das águas quebrando, é quase um silêncio comparado ao som das águas de Foz do Iguaçu. Sinceramente, as cataratas parecem mais uma atração do parque temático que a rodeia: em 10 minutos dá para apreciar essa beleza natural e logo depois partir para conhecer o resto do lugar cheio de brinquedos e lojas de souvenirs. Mas antes disso é quase uma obrigação dar uma olhadinha nas quedas d'água de uma posição mais aproximada com ajuda da atração Made of the Mist! Sem ir no barquinho com aquela capa de chuva azul eu não teria sentido como se eu estivesse realmente lá, logo toda aquela água no rosto ajudou um pouco a encarar a realidade e não há nada melhor num dia super quente como aquele.


Muitos hotéis 5 estrelas com vista privilegiada para as cataratas.





Uma fila enorme de pessoas esperando pelo próximo barco.

Isso é para mostrar que nem tudo é perfeito: essa espuma toda se alastrava mais para a frente.

Nesse momento eu já estava me molhando bastante e estava arriscando a vida da minha câmera para tirar foto dessa beleza.


"Os caras não conseguem viver sem olhar para uma torre, né?" 





7. Niagara-on-the-Lake:

     Niagara-on-the-lake é uma pequena cidade próxima à Niagara Falls e estava inclusa no pacote de turismo. Essa cidadezinha me lembrou muito os subúrbios mostrados em filmes americanos com lojinhas de doces caseiro até de decorações natalinas, muito aconchegante. Nossa última parada contou com degustação de um vinho clássico da região conhecido pelo nome Ice Wine. Como a maioridade para bebidas alcoólicas é de 19 anos no Canadá e eu somente tinha 18 quando o visitei, fiquei degustando essa beleza de longe,








     E enfim concluo minha terceira e última parte da minha viagem dos sonhos. Qualquer curiosidade sobre a minha viagem e sobre o que eu vi lá pode ser perguntadas pelos comentários que eu terei o maior prazer em lhes responder! 

2 comentários:

  1. Que incríveeel!!! Eu aqui, com uma coceira no pé pra viajar, e você posta isso! Agora só quero mais ainda conhecer o Canadá!!! hahahah
    Ainda tenho minha capinha azul da Maid of the Mist!!!!! hahahah que loucura, poucas semanas de diferença e era capaz de nos encontrarmos, uma em cada barco! hahah
    Adorei o post guria!!! Agora começa a postar da Indonesia já :D

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  2. @Aline: Obrigada pelo comentário, guriaaaa! <3
    Cara, com uma diferença bem pequena mesmo ein, podia ter me esperado para a gente se ver nos barquinhos! hahahah
    E estou planejando tantas viagens, vamos juntas na próxima ein!
    E os posts da Indonésia estou começando a preparar já, ainda bem :))

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