sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Diário de Viagem: Montréal

     E finalmente mais um diário de viagem sai da categoria de rascunhos para postagens publicadas, ufa! Acredito que a minha extrema demora (passaram-se 6 meses desde que voltei da viagem) foi causada devido ao meu receio sobre o que escrever neste post. Essa é uma das principais razões pelas quais tenho mais posts como rascunhos do que publicados, a minha insegurança quanto a opinião dos que irão ler isso em algum momento. Em mais um momento de coragem pude clicar no botão publicar, o resultado desse meu pequeno momento de insanidade vocês podem encontrar abaixo. Estão preparados para entrar nessa aventura?


    Dentre as três cidades ofertadas pelo 14th World Scout Moot, encontravam-se Toronto, Quebéc City e Montréal. Para ajudar nessa escolha, a organização do evento preparou alguns vídeos indicando as características de cada cidade e de cada path. Provavelmente pela minha mania de não ir ao mais óbvio, deletei Toronto da minha escolha logo de primeira.
     A minha indecisão entre Quebéc City e Montréal perdurou por alguns dias, mas logo que abriram as inscrições para a escolha da cidade eu acabei ficando com Montréal, a cidade que pretendo morar algum dia . Do nosso acampamento localizado a duas horas de Ottawa, foram-se quatro longas horas tentando dormir naqueles assentos duros dos famosos ônibus escolares amarelos (sempre quis andar em um, agora tenho trauma) com direito à uma parada em um posto de gasolina para comprar alguns salgadinhos e outras coisas gordurosas por um preço muito bom.
     Quando chegamos à cidade, já deu para notar uma diferença com relação à capital do país: aqui as placas eram escritas primariamente em francês. Algumas podiam ser encontradas com uma tradução em inglês logo abaixo, para facilitar a vida dos canadenses dos demais estados que não convivem com a língua francesa no cotidiano.
     Logo abaixo vocês encontram mais algumas dicas do que fazer por essa cidade maravilhosa, lembrando que o primeiro post sobre a minha viagem já traz algumas que sempre podem ser vistas novamente aqui.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Indicação: Morgana Rocha

     Hoje trago para vocês a minha primeira de muitas indicações de Flickrs brasileiros, começando pelo o adorável trabalho da Morgana Rocha. Conheço a galeria dela desde 2011 e ultimamente tenho me surpreendido com as fotos capturadas com sua analógica Zenit EM, simples e cativantes. Isso é apenas mais um lembrete de que para uma foto ser boa ela não precisa de todo um trabalho de estúdio ou de um elaborado conceito por trás, às vezes coisas mais simplórias que deixamos de lado também podem chamar aos olhos se você der a oportunidade :)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Através das Lentes: Minha Bela e Santa Catarina


     Aproveitei a minha última semana de férias e aceitei a proposta do meu pai para passear pelo paradisíaco litoral de Santa Catarina, meu estado natal. Com esse calor que estamos passando no país inteiro realmente fica meio difícil recusar por um mar que refresque e nada como levar uma câmera para tentar captura algumas das belas paisagens. O que achei mais interessante nisso tudo é que apesar de ser o mesmo oceano, as diversas praias que visitei tinham tons diferentes de azuis (embora todas dessem para ver os pés ao fundo) e umas eram mais calmas (prefiro) com outras quebrando ondas de 2 metros praticamente na beira do mar, me empurrando outros 3 metros para fora d'água... tudo isso em uma praia praticamente do lado de outra! Explicações?

Praia de Bombas
"Pai, caminha na frente para eu tirar uma foto!"



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Ele tinha esse problema...

     "Ele tinha esse problema. Seus sentimentos eram tão intensos quanto o de três homens juntos. Odiava o fato de ser desse jeito e culpava a si mesmo por falta de controle sobre suas emoções. Às vezes, quando tinha a oportunidade de estar sozinho, torturava-se ao refletir sobre seu passado, destacando os defeitos durante todas as etapas. Rebobinar todas aquelas memórias e junto com elas, os sentimentos ruins de uma perda seguida de outra e de mais outra, sabendo que não poderia mudar nada. Era sua maneira de mostrar o quanto era alérgico a si mesmo.
     Muitos tentavam descrever diferentes emoções em palavras. Ele, por experiência própria, podia afirmar que palavras não eram o suficiente. Palavras, palavras. Era só o que eram. Não transpareciam a verdadeira dor de quem as escrevia. Não aliviava a dor de quem as escrevia. Ao menos não a dele. A dor dele era diferente: mais intensa, mais abundante.
     Ele guardava um pequeno caderno encadernado a couro vermelho misturado aos livros de sua estante, onde o mesmo se camuflava perfeitamente. Toda noite ele se aproximava dessa pequena biblioteca particular e recolhia seu livreto para uma nova anotação. Sentava-se sempre na mesma poltrona de veludo a 180 graus da janela e então começava a folhear enlouquecidamente as páginas anteriores, até alcançar um fino pedaço de cetim marcando uma página vazia. A data era escrita no topo da folha, respeitando um ritual diário e, assim, numa nova linha, ele começava. Seguiam-se um, dois parágrafos sem muitos problemas.  
     Desta vez ele não queria se permitir a ler o que escreveu, mas como sempre, não respeitou as próprias barreiras. A cada frase lida, seu rosto demonstrava mais rugas de discordância. De nada servia seu conhecimento se fosse para preencher com aquele vazio das palavras erradas. Desacreditando de seu próprio potencial, rabiscou sobre a folha até que apenas letras perdidas pudessem ser enxergadas. De certa forma, aquele borrão condizia mais às suas emoções do que as soterradas palavras que antes escrevera. Folheou antigas páginas, revelando diferentes rabiscos, algumas com mais ou menos letras à mostra, outras rabiscadas com mais intensidade e outras com menos. Uma variedade delas em cada página.
     Percebeu que sua vida não passava de apenas rabiscos em páginas soltas. Vivia à deriva, não possuía um grande objetivo, apenas estava lá. Sua marca na história eram apenas páginas e mais páginas de lamentações. Se sentia insatisfeito com isso e se achava muito velho para reverter essa situação. Acreditava que não adiantava uma grande mudança em sua vida.
     Em um dia cinzento, achou alguém que era que nem ele. E juntos, tramavam contra o mundo e contra eles mesmo. Eram apenas dois grandes rabiscos, enfrentando o mundo."


     Um texto empoeirado e inacabado. Um amigo escritor. Uma história inspirada em meus próprios problemas misturados aos dele e a criação de um personagem complexado. Foram praticamente 2 anos segurando um conjunto de palavras sem a ânsia de seguir em frente com elas, sem motivação para terminar uma pequena história que não ia a lugar algum, mas que agora foi. E foi por acaso, foi sem querer (querendo).
     Meus agradecimentos ao Lucas Seixas, intrigante escritor nos tempos livres e dono do blog Caixa de Devaneios, por encaixar um ponto onde eu enxergava reticências. Só com a ajuda dele me senti segura em finalmente mostrar a outras pessoas um pouco mais do que minhas mãos escrevem e minha cabeça pensa :)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

#6 on 6: Blow

     O 6 on 6 desse mês remete o aniversário da minha irmã que foi comemorado criativativamente com um sorvete de morango como bolo e alguns sparkles como uma incandescente vela. O aniversário dela cai coincidentemente no dia 06 de janeiro e logo pensei em publicar essas fotos já no mês passado, mas como a pressa é inimiga da perfeição acreditei ser melhor ir com mais calma e deixar para esse segundo mês do projeto.  O que acharam dessa simples ideia que salvou um "parabéns pra você"?






























     Já que ainda está por aí, o que acha de dar uma volta pelas fotos dos outros participantes?